sexta-feira, 10 de abril de 2009

Diez apuntamientos sobre Buenos Aires







(Fotos, pela ordem: La Bombonera, Casa Rosada, Congresso, Av. 9 de Julio com obelisco ao fundo).



"Mi Buenos Aires querido, cuando yo te vuelva a ver, no habrá más penas ni olvido.
El farolito de la calle en que nací fue el centinela de mis promesas de amor, bajo su inquieta lucecita yo la via mi pebeta luminosa como un sol."

De 30 de março a primeiro de abril eu estive em Buenos Aires. A primeira vez a gente nunca esquece. Fui ao IX Congresso da Central de Trabalhadores da Argentina, a CTA.

Da mesma forma que os paulistas adoramos o Rio de Janeiro, os brasileiros são apaixonados pela Argentina. É a inexorável lei da física (ou química?) segundo a qual os opostos se atraem.

Em mi Buenos Aires querido eu fiz, sem obedecer a cronologia ou a importância, o seguinte:

1. fui visitar a La Bombonera, o terrível estádio do Boca. É, de fato, impressionante. Do lado de fora, lojas, inscrições murais e músicas da torcida inundam o ambiente e faz do local uma verdadeira apoteose. Quem for lá, por favor, não deixe de visitar o estádio mais temido pelos jogadores e pela torcida de nuestro país.
2. De carro, vi também o Luna Park, onde se realizavam memoráveisl lutas de boxe. Do outro lado da cidade, a caminho do aeroporto, vi também o Monumental de Nuñes, estádio do Ríver Plate.
3. Andando pelo centro, fui até a Plaza de Mayo, onde fica a Casa Rosada, sede do governo federal, passei pelo famoso Obelisco na não menos famosa avenida 9 de Julio, avenida com sete faixas em cada mão de direção. Más adelante, fui até a praça onde fica o Congresso Nacional e vi a concentração de populares no velório do ex-presidente Raúl Alfonsin.
4. Almocei duas vezes, custodiado pela CTA, em dois belos restaurantes portenhos. Um deles tinha espetáculo de tango à noite, que o tempo me impediu de ver. Lá, a culinária é de ótima qualidade e o vinho é a bebida da hora.
5. Contratei um táxi e dei uma geral por parte da cidade, percorrendo as margens do Rio da Plata (de onde é possível, nos dias ensolarados, enxergar Montevidéu na outra margem). Passei pela zona portuária e por um amplo trecho restaurado, muito bonito, hoje transformado em restaurantes,bares e lojas. Aliás, o centro pelo menos é cheio de bares, cantinas, restaurantes, cafés. O pessoal pede um café e fica um tempão lendo jornal ou livro, numa boa.
6.Em menor grau, mas lá também há favelas, moradores de rua, pedintes. O trânsito é péssimo e, como aqui, as pessoas quando podem atravessam a rua sem respeitar o sinal de trânsito. Como nossa moeda está valorizada em relação ao peso argentino, achei os preços razoáveis.
7. A parte séria da visita: falei em nome da Federação Sindical Mundial no congresso da CTA, com 350 delegados em um teatro da cidade; pela CTB, eu discursei no ato público em frente ao Ministério do Trabalho e me entrevistei com o Hugo Moyano, secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho da Argentina. Falei também com sindicalistas da Argentina, inclusive da Corrente Classista da CTA, e líderes sindicais do Uruguai, do Paraguai, da Venezuela e de Portugal.
8. Para variar, as duas notícias mais repercutidas pela mídia local falavam em crescimento da violência urbana, principalmente na periferia, e a eclosão da epidemia da dengue. Um dado me surpreendeu: a grande quantidade de bolivianos no ato da CTA. As faces parecidas com as de Evo Morales é facilmente distinguíveis do jeitão europeu da imensa maioria dos argentinos. As fotos básicas do visitante padrão em sua digital de 5 pixels (é assim que escreve?) eu vou tentar postá-las aqui outro dia. As fotos atuais são coladas do "google imagem".
9. A nota dissonante veio de um brasileiro, o cutista e representante da CSA (Central Sindical das Américas), que em duas oportunidades jogou farpas políticas em nosotros.
10.Last but not least, na Argentina o pessoal é muito receptivo e educado, diferentemente de alguns países de povo arrogante do outro lado do Atlântico.

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