domingo, 2 de agosto de 2009

Transporte e o "vietnamese way of life"

Com exceção dos pobres (que andam a pé ou de bicicleta) ou dos abastados (que tem carro) a imensa maioria dos vietanamitas, pelo menos nos centros urbanos, anda de motocicleta. Lembrem que o país é muito pequeno, talvez vinte e cinco vezes menor do que o Brasil, e tem população de 84 milhões de habitantes. A maioria dos adultos tem moto, logo estamos diante de um formigueiro motorizado.
O trânsito é um caos completo, bem pior do que no Brasil, com a diferença de que quem buzina para pedir passagem são os autmóveis, ilhados por uma multidão de motos. Um cara de lá me disse que a maior causa mortis do país são os acidentes de trânsito!
Vi dezenas de vezes motos com pai e mãe na garupa, de capacetes, e crianças de 2,, 3 ou 4 anos de idade, sem capacete,espremido entre os dois. Vê-se também gente carregando móveis, fogão, compras nas motos e não raro o cara dirigindo moto e falando no celular.
Embora a velocidade média nas cidades, pelo congestionaento, seja pequena, o pessoal faz manobras arriscadas, anda na contramão, disputa palmo a palmo o exíguo território para se locomover.
Precisa ver para crer. No mais, vi poucos ônibus, não vi metrô nem trem urbano. Vi uma ferrovia na estrada de Hanói até Halong, mas nas quatro horas do percursso não vi um trem passando.
Lá como cá, quase todo mundo anda de celular na mão. Vi lan-houses lotadas de jovens.
Há uma paisagem urbana desigual. Lugares muito bonitos e outros bagunçados. Lá tem shoppings como os do daqui, lojas de grife, parafernália de eletroeletrõnicos, etc. Mas há um gigantesco, perdoe o exagero, mercado informal. Camelôs que falam o inglês básico para vender suas bugigangas, gente amontoada nas calçadas para fazer de tudo,desde motoqueiros se propondo a se tornaram "mototaxistas", táxi de bicicleta (uma bicicleta com um espaço para duas pessoas em uma cadeira adaptada) e por aí vai.
A calçada tem mil e uma utilidades. Há pequenas mesas e cadeiras bem baixinhas onde as pessoas comem e bebem nos botecos e lanchonetes informal e precariamente instalados, barbeiros e manicures atendem a clientela nas calçadas, e uma cena interessante: é comum ver as pessoas de cócoras, apoiando a bunda no calcanhar, enquanto esperam ônibus ou apenas jogam conversa fora com os amigos.
Com milhões de motos nas ruas, o principal estacionamento, como não poderia de ser, são as calçadas. Há poucos semáfotos e bem menos guardas de trãnsito, que olham meio aturditos o enxame de motos.
E a galera curte numa boa essa situação, não há o stress acentuado como aqui, pelo menos nas aparências, e eu sei que as aparências enganam.

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