terça-feira, 18 de maio de 2010

2010: 2,5 milhões de novos empregos!

Nesses quatro primeiros meses de 2010, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), houve um acréscimo de 962.327 empregos com carteira assinada no país. Foi o melhor quadrimestre de geração de empregos da história do Brasil.

Pelos estudos do MTE, a previsão é de que o ano de 2010 atinja o montante de  2,5 milhões de novos empregos. Em 2009, só para comparar, houve um aumento de 995.110 empregos. A causa desse grande avanço é o robusto crescimento do PIB, que pode superar 7% neste ano.

Se se somar o PIB de 2009 e 2010, segundo o economista Ilan Goldfajn, o Brasil é o terceiro país em crescimento do mundo, e esse crescimento vem acompanhado de melhoria das condições de vida da população mais pobre. As dificuldades atuais dos EUA e principalmente da Europa tem repercussão pequena nos países emergentes, inclusive no Brasil.

Esse ciclo virtuoso da economia incomoda os gestores da política macroeconômica do país. Para eles, crescimento aumenta a demanda em escala superior à produção e provoca pressões inflacionárias. Daí o remédio amargo de sempre: mais juros para segurar a economia!

Contra essa opinião, o MTE afirma, com razão, que o desempenho vigoroso do mercado de trabalho é sintoma de que a produção está crescendo e, junto com ela, o emprego, afastando o fantasma da chamada inflação de demanda.

A elevação do número de trabalhadores com carteira assinada (41,4 milhões atualmente) e a ampliação da renda do trabalho ajudam a dar sustentabilidade ao crescimento. Além disso, é essencial que medidas legais de combate a rotatividade do trabalho sejam implantadas no país.

Nessa direção, é importante que instrumentos jurídicos como a Convenção 158 da OIT, que proíbe demissões imotivadas, seja incorporada ao acervo dos direitos trabalhistas brasileiros, sem o que a parte do trabalho na renda nacional continuará baixa.

Esperamos que a presidente Dilma Rousseff dê esse passo a mais no seu futuro governo, para que os ganhos de produtividade da economia sejam repassados para a massa salarial, um pilar estratégico para o novo projeto nacional de desenvolvimento.

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